terça-feira, 7 de abril de 2009


Dono de motel é espancado por ladrões

Dupla, sendo um aparentemente menor, invadiu estabelecimento e começou sessão de tortura após vítima indicar que tinha só R$ 200 em caixa

Um comerciante de 69 anos foi violentamente espancado por dois assaltantes armados com revólveres que invadiram um motel de sua propriedade no bairro Figueirinha, em Várzea Grande. Os ladrões – um deles aparentando ter 15 anos – exigiram dinheiro. Como só havia R$ 200 no caixa, os bandidos começaram a agredi-lo com socos, tapas e coronhadas. Como não havia dinheiro, os bandidos roubaram a Hilux prata do comerciante. O assalto ocorreu na manhã de domingo, no momento em que o motel tinha poucos clientes. O comerciante apanhou tanto, que chegou a desmaiar. Ao acordar, percebeu que os bandidos tinham levado a picape. Os ladrões acabaram capotando a Hilux, que ficou totalmente destruída. No acidente, o capô chegou a afundar. O comerciante não informou se o veículo está segurado. A picape foi encontrada abandonada na madrugada de ontem, na Rodovia do Capão. Policiais militares encontraram manchas de sangue no estofamento e acreditam que os assaltantes tenham se ferido. Eles checaram os prontos-socorros de Cuiabá e Várzea Grande, mas suspeito algum deu entrada no setor de emergência. “Ainda não sabemos se quem estava dirigindo eram os mesmos integrantes do bando que praticaram o roubo. Nem sempre é assim. Em alguns casos, o veículo roubado é passado à frente”, adverte um policial. A destruição foi tão grande, que a picape teve que ser guinchada até o pátio da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA). Conforme o comerciante, os ladrões chegaram de motocicleta, que ficou estacionada na frente do motel. Assim que entraram, mostraram estar armados e exigiram todo o dinheiro do caixa. A vítima ponderou que não havia movimento na parte da manhã e que tinha só R$ 200. Dizer que tinha pouco dinheiro foi o suficiente para despertar a ira dos bandidos, que começaram a sessão de espancamento. A vítima relatou que o aparente adolescente é quem mais o agredia. O comerciante disse que a situação só não foi pior porque, no horário do assalto, não costuma aparecer tantos clientes. Ele temia que os bandidos resolvessem fazer um arrastão nos quartos e suítes. Os ladrões viram que os quartos estavam vazios. O delegado Roberto Amorim vai chamar a vítima para tentar fazer a identificação dos criminosos, por meio de fotografias existentes nos arquivos de fichas criminais da delegacia. Os policiais adiantaram que não existem fotos de adolescentes, uma vez que eles são levados para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) tanto da Capital como de Várzea Grande.

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