terça-feira, 14 de abril de 2009


Poder público não se entende

O governo do Estado e o município de Cuiabá não se entendem sobre medidas no combate à dengue na Capital, e por problemas políticos a população cuiabana poderá sofrer ainda mais com a epidemia de doença. O vereador Lúdio Cabral (PT) foi taxativo em afirmar que a Secretaria Municipal de Saúde já deveria ter acatado a recomendação feita pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde em passar o fumacê.

“A secretaria municipal não tem justificativa técnica para não aceitar passar o fumacê, é uma medida extrema, mas necessária, não tem como negar a epidemia de doença em Cuiabá, ela não tem que se manter resistente”, defende Lúdio.

O petista afirmou que a secretaria já deveria estar com o planejamento de locais que o fumacê deve passar pronto, e aproveitar que a chuva parou para já puverizar.

Sobre a culpa da epidemia da doença, que o prefeito Wilson Santos (PSDB) atribuiu à proibição de fazer campanha televisa contra a doença, próximo ao período de campanha eleitoral. Cabral afirma que em período que antecede a campanha eleitoral não é permitida a propaganda televisiva, mas disse que não justifica não tomar medidas técnicas preventivas ao problema.

“O prefeito acordou tarde para o problema, a ação deveria ter sido feita em fevereiro, a campanha na televisão é só uma das ações”, disse Lúdio.

O assessor de Comunicação do Município, Maurélio Menezes, negou que a Secretaria de Saúde tenha recebido recomendação do Ministério da Sáude para utilizar o fumacê na capital, mas sim para burrifar o veneno de casa em casa, em locais em que há depósito de água, segundo ele, a equipe técnica do Ministério sabe que o fumacê combate somente o mosquito e não as larvas, e que o percentual de combate é inferior a 10%.

Segundo o assessor, a secretaria tem 400 agentes trabalhando de casa em casa, e disse ainda que a secretaria não vai adotar o uso do fumacê, por ser pouco eficiente no combate aos mosquitos Aedes Aegypti.

“Não vamos brincar de fazer saúde pública, com vidas, não vamos fazer o uso do fumacê simplesmente por propaganda”, disse Maurélio.A prefeitura alegou o descaso da Secretaria Estadual de Saúde, que feriou ontem, fechou o Hemocentro, e com isso, houve falta de sangue no Pronto Socorro Municipal.

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