Dengue hemorrágica avança; Cuiabá em estado de alerta
Em apenas uma semana oito novos casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) foram confirmados em Cuiabá, o que representa um acréscimo de 47% nos registros de casos este ano. A Capital já acumula 25 casos da doença em estágio grave em 2009, com outros 31 ainda sob investigação laboratorial. Até semana passada, havia no Estado 94 casos de dengue hemorrágica notificados, num alarmante recorde anual histórico em Mato Grosso.A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também obteve a confirmação por exame de 15 casos de dengue com complicações. No novo boletim, divulgado nesta segunda (23), a Pasta também informa que a causa da morte de Luís Henrique Miranda, de 6 anos, no dia 11, foi a síndrome de choque da dengue, a forma mais agressiva da enfermidade. A criança morava no bairro Alvorada, onde outro menino, de dois anos, também morreu com suspeita da doença na mesma semana.“O município continua em alerta. Além do bloqueio viral com veneno no entorno de casas onde há incidência da doença, também estamos notificando os hospitais públicos e particulares para que tomem os devidos cuidados no diagnóstico”, disse o diretor de Vigilância, Saúde e Ambiente da SMS, Wagner Simplício. Agentes de Saúde permanecem visitando as residências da cidade e vistoriando quintais.Até que o período das chuvas se encerre, a tendência é a quantidade de casos continuar em ascensão, com destaque para os casos de FHD. O número de notificações por dengue clássica também cresce. O novo boletim da SMS revelou que 469 notificações da doença já chegaram ao órgão, com 225 confirmações.Após a manifestação dos sintomas pelo paciente, é o exame de laboratório que confirma a contração da doença, pois a dengue tem características similares às de outras viroses. Isso torna-se um problema para o diagnóstico da doença, o que é ainda pior para detectar a FHD, já que o quadro do paciente pode agravar-se em 24 horas.Crianças e idosos têm maior propensão a contrair o vírus da dengue. Em Cuiabá, 27% dos casos gerais são relativos a menores de 10 anos de idade, o equivalente a 129 crianças. A população com idade entre 10 e 19 anos foi a segunda mais afetada e é responsável por 20,6% das notificações, num universo de 97 pessoas.No Estado, houve seis mortes este ano com suspeita de dengue grave, sendo que quatro delas infantis - duas em Rosário Oeste e duas na Capital. Além de cogitar a reintrodução dos sorotipos I e II da doença no Estado, o III já estava em circulação, para justificar o número expressivo de casos este ano, as autoridades de Saúde apontam também a falta de cuidado da população em alguns bairros, como Cidade Alta, Pedra 90, Coophamil, Goiabeiras e Jardim Vitória, que encabeçam a relação de doentes.
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