Cunhado de Galindo é condenado
a 3 anos por fraude em licitações
O ex-prefeito de Mirante do Paranapanema (SP), João Tadeu Saab, foi condenado a 3 anos de prisão em regime semi-aberto por irregularidades em licitações, em sentença publicada na última quinta-feira (15) no Diário Oficial de Justiça (DOJ). Após trânsito em julgado da sentença, à qual cabe recurso, o juiz Rodrigo Antonio Franzini Tanamati, da 1ª Vara Criminal de Mirante do Paranapanema, determina que seja expedido mandado de prisão de Saab.
João tadeu Saab é cunhado do vice-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, e foi prefeito de Mirante do Paranapanema. Atualmente reside em Cuiabá, onde é empresário no setor de construção civil.Outras 14 pessoas, ligadas à prefeitura e empresas, foram condenadas a 2 anos e 4 meses de detenção em regime aberto, por participação nas irregularidades às licitações. Todos foram condenados com base na Lei de Licitações.
Entre 1997 e 1998, o então prefeito João Saab autorizou abertura de vinte procedimentos licitatórios, todos na modalidade de carta convite, “sendo que todos esses procedimentos foram fraudados com a participação dos membros da Comissão de Licitação, da empresa vencedora e das ‘perdedoras’”, como pontua o juiz na condenação.
Dezenove licitações – num valor total de R$ 170.683,37 – foram vencidas pela empresa Prontomed Produtos Cirúrgicos Ltda. para fornecimento de produtos hospitalares. Empresas participavam do procedimento licitatório, mas forneciam preços superfaturados, para que a Prontomed vencesse, resultados que eram homologados por João Saab.
“Conforme bem salientado pelo Ministério Público, João Tadeu Saab, por algum motivo escuso, resolveu beneficiar a empresa Prontomed, de Edvar Marcondes Manganaro e, assim agindo, privou a administração Pública de contratar com empresas idôneas que apresentassem a melhor proposta”, pontua o juiz. “Era realmente curioso que, embora vendesse com um preço mais caro para a Prefeitura a empresa Prontomed, nunca perdeu uma licitação”, completa.
O juiz não concedeu o regime aberto para Saab, sob alegação de “maus antecedentes”. “O regime inicial para o réu João Tadeu Saad será o semi-aberto em razão dos maus antecedentes por ele ostentado, fatos que evidenciam que o regime mais suave não seria suficiente para a prevenção e repressão do delito”, sentencia Tanamati.
Na defesa, os advogados de João Saab e dos outros acusados alegaram que os supostos crimes tinham prescrito e pediram a absolvição por falta de provas. O juiz rejeitou as alegações.
Saab já sofreu outras ações na Justiça, como informou o Portal do Ruas, e hoje é próspero empresário no ramo de construção de casas populares, em Cuiabá (MT). Saab teve seu mandato cassado em 10 de maio de 1999.
Além de Saab, foram condenados Antônio Menezes, Carlos Augusto de Almeida, Wagner Marques Fioravante, Fauze Feres Júnior, Vicente Ulisses de Farias, Domingos Machado de Vasconcelos Filho, Vanda Dominice dos Santos, Adalberto Rocha de Góis, Edvar Marcondes Manganaro, Gilson José Peruchi, Sérgio Luiz Benvenuto, Clóvis José da Silva, Izabel Cristina Malagutt e Hélio Fonseca Rocha.
Atividade atualJoão Tadeu Saab é citado em notícias da prefeitura de Várzea Grande, Juara e Tangará da Serra como vencedor de licitações, por meio das empresas Preplan e Excelência Construtora Ltda. O empresário é cunhado do vice-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) e tio de Patricia Galindo de Godoy, presa no ano passado em Presidente Prudente acusada de envolvimento com o PCC
FONTE CALDEIRAO POLITICO
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