FUNCIONÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CUIABÁ APLICAVA GOLPES NO NORTÃO DO ESTADO E ACABA PRESO EM APARTAMENTO NA CAPITAL
O funcionário da Câmara Municipal de Cuiabá, Sadi Luiz da Silva, 31, foi preso ontem por vender vagas de emprego fictícias no serviço público. Ele também tinha dois mandados de prisão em aberto. Nos dois processos, o suspeito responde pelo crime de estelionato. Um é no município de Cuiabá e outro em Feliz Natal (536 km ao Norte de Cuiabá). O servidor também é acusado de formação de quadrilha.Sadi foi encontrado pelos policias no residencial Canachuê, no bairro Santa Amália, após a denúncia de uma vítima. Ela teria pago R$ 250 para o suspeito em troca de um emprego público. O valor do cargo era R$ 500, sendo que o restante do pagamento seria entregue depois que a mulher começasse a trabalhar. Como após a primeira parcela, o acordo não foi cumprido, ela procurou a Polícia e indicou a localização do então foragido.Segundo informações dos investigadores, Sadi também oferecia emprego para jovens em troca de encontros amorosos. Elas saiam com ele para bares e restaurantes, mas não conseguiam o trabalho.Na cidade de Feliz Natal ele também tentou aplicar um golpe em uma empresa de agronegócios. Sadi usou documentos falsos para fazer transações comerciais. O suspeito negou o crime e disse que queria apenas conseguir um emprego. A documentação era para a retirada das certidões negativas de antecedentes criminais, pré-requisito do cargo. Pelo crime, ele tinha um mandado de prisão em aberto.O outro processo criminal tramita na Comarca de Cuiabá. O acusado era estagiário do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em 2005 e tinha posse da senha que permitia alterar os autos de infração.Ele aproveitou-se da situação para negociar com motoristas a retirada de multas e pontos na carteira, mediante o pagamento de propina, sendo que o prejuízo causado pela fraude ainda não foi computado.A Justiça pediu a prisão de Sadi por estelionato em agosto, mas somente ontem ele foi preso. Depois de encontrado, o suspeito foi levado para a Polinter e a tarde encaminhado a Penitenciária Central do Estado, onde está a disposição da Justiça.Ele está detido no anexo 1 da penitenciária, onde estão os presidiários com curso superior, que têm direito a cela especial. Sadi argumentou durante a prisão aos policiais que era formado em Administração de Empresas em uma faculdade particular, mas ainda não apresentou nenhum documento que comprove a afirmação. Caso o diploma não seja apresentado nos próximos dias, o acusado perderá o benefício e será levado para junto dos demais presos. Fonte: A Gazeta
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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