Polícia procura família desaparecida há seis dias em cidade de MT
O desaparecimento de um casal e um bebê intriga a polícia. Os três sumiram no distrito Garça Branca, na região da Serra da Petrovina, distante a 50 quilômetros da cidade de Pedra Preta. No último dia 31 de dezembro de 2008, Genivaldo Bispo dos Santos (24), a mulher dele Verônica Guimarães Bezerra (20) e a filha do casal de apenas um ano e nove meses, Raíssa Bispo dos Santos, deixaram a casa onde moram em um carro de passeio e nunca mais foram vistos.
A casa foi deixada com portas e janelas abertas, o que chamou a atenção de outros moradores do vilarejo. Ao adentrar a casa, os vizinhos da família encontraram manchas avermelhadas, supostamente sangue, em uma cama e na geladeira. A polícia foi acionada e desde então investiga o paradeiro da família.
Em entrevista ao site da TV Centro América, Terezinha dos Santos (33), irmã de Genivaldo, informou que desconhece qualquer participação do irmão em crimes. "Meu irmão era trabalhador e não tinha envolvimento com essas coisas", ressaltou. Surpresa com a notícia, Terezinha só foi informada do ocorrido três dias depois, já na manhã de sábado (03). Ela chegou a ir até a casa do irmão para tentar localizar alguma pista do paradeiro da família, mas nada foi encontrado. "Tudo estava no lugar. Os móveis, as roupas. Só percebi que havia uma mancha de sangue na cama e na geladeira deles", informou.
Mistério
Genivaldo estava de férias e preparava para retornar ao trabalho no segundo dia do novo ano na Fazenda Bom Jesus. Casado há dois anos com Verônica, o trabalhador comprou recentemente um Pálio, que o ajudava a visitar os familiares que residem em Pedra Preta. A grande preocupação da polícia neste momento é em relação a falsos telefonemas dirigidos à família que dão supostos paradeiros dos desaparecidos.
Os familiares espalharam diversos cartazes pela região com fotos de toda a família e por isso muitas pesssoas aproveitam a situação para passar trotes. Até o momento, a família já recebeu três ligações vindas das cidades de Sorriso, Cuiabá e Sonora (MS). Terezinha acredita que em uma delas seria o irmão desaparecido. "Em uma ligação ele (Genivaldo) me disse que estava muito doente em cima de uma cama. Tenho certeza que era meu irmão", afirmou.
Para o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Botelho, essas ligações podem ajudar. "Já que as investigações partem do nada, essas ligações poderão nos ajudar a localizar a família desaparecida", informou. O delegado ainda ressaltou que uma equipe de peritos criminais já esteve na casa da família, onde foram tiradas várias fotos do local e colhidas amostras da substância avermelhada que foi encontrada na residência. "Só com o resultado dos laudos é que poderei dizer se realmente a susbstância vermelha é ou não sangue", disse.
Até o momento, algumas pessoas próximas à família já prestaram depoimento à polícia. Uma delas disse ter visto Genivaldo abastecendo o carro dele, um Pálio prata de placa CKB-5506-Rondonópolis, em um posto de gasolina em Pedra Preta. Outro amigo teria dito que reconheceu o carro de Genivaldo já na rodovia BR-364, em direção à cidade de Alto Araguaia. "Foram ouvidas várias pessoas próximas, do trabalho, familiares. Mas não foi delatado nada que pudesse dirimir a conduta dele (Genivaldo). Não descartamos nenhuma hipótese, até mesmo que a família teria sido seqüestrada", observou o delegado.
Para o representante da fazenda onde Genivaldo trabalhava, o clima é de tristeza. Laudir Matarello disse em entrevista ao site da TV Centro América que o trabalhador era uma pessoa reservada. "Esse desaparecimento é estranho porque ele era tranqüilo. Era uma pessoa de poucos amigos, bem reservado e recatado", informou. Genivaldo trabalhava na fazenda há quase um ano.
As investigações da polícia prosseguem até a localização da família. A polícia disponibiliza dois telefones para contato àqueles que tiverem alguma pista do sumiço da família. Pelos telefones: (66) 3902-2088 ou no 197.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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